quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pagar para Andar

Muito honestamente, acho que a CARRIS devia pagar aos utentes para estes andarem nos autocarros!

Ora vejam bem as razões:

1) Uma pessoa espera demasiado por eles.
2) Para ir a um qualquer lugar, uma pessoa tem de fazer extensos percursos a pé.

Não são razões que bastem para sentir que deviam era pagar-nos para nos submeter-mos a isto??


Esta semana tenho sentido que o universo está a dizer-me para passar a andar de carro. E tudo, através dos atrasos e "problemas" diários dos autocarros da Carris.

Eu não quero andar de carro! Gostaria de continuar a deslocar-me de transportes, mas é impossível ignorar os "avisos" constantes!

E assim, vou contribuir para o aumento da poluição e do trâfego! Pode-se agradecer à Carris por isto!
Ando mais a pé agora do que quando era criança!

Ora vejam só como têm sido os meus dias:
6ª Feira (fim de tarde escura, chuviscos, muito frio e muito vento):
entre duas paragens pouco distantes entre si, aguardava a chegada do primeiro de três autocarros cujo percurso me leva até uma rua transversal a três km de distância. 6 minutos se passam. NADA. Avanço para a paragem (única das duas) que tem um placar com os minutos dos autocarros. Só dali a 14 é que ia passar o correspondente. Decisão tomada: ir a pé até à paragem seguinte (menos de 1km e 4m a pé) onde passa um outro autocarro. Ainda não tinha passado 1 minuto, e eis que olho para trás e vejo o autocarro que o PLACAR disse faltar 14 minutos a aparecer! Claro, como eles são como as mulheres que vão juntas ao WC, logo atrás vinha um outro. Mas esse, pela ausência do placar na sua paragem, já contava correr o risco de poder ver passar sem ter tempo de o apanhar. Agora aquele para o qual faltavam 14 minutos, antecidos dos 6 que já tinha esperado, estar a passar, até lhe roguei pragas!

2ª Feira (manhã fria, sol de inverno):
Assim que saio de casa e viro na direcção de uma das duas ruas paralelas que tenho de subir para apanhar o autocarro que me leva onde tenho de ir, vejo passar na rua ao lado um outro que até prefiro apanhar, mas só me leva até meio do percurso. Fico descontente porque sei que, se tivesse virado para essa rua e dado apenas uns parcos passos para alcançar a paragem, o autocarro não ia aparecer. Normalmente nesta paragem SEM PLACAR, os dois autocarros que aí passam levam 20 minutos a aparecer. É mais próxima e mais prática, mas é preciso ir "dormir" para lá para não chegar atrasado ao destino. É, portanto, mais praticável subir a rua a pé durante 4 minutos e, na estrada transversal, apanhar o primeiro autocarro que aparecer, que tanto pode ser o que só faz metade do percurso (e vem da rua paralela), como um outro que vem da rua transversal, mas faz o percurso completo. A escolha é óbvia: todos os dias subo a rua a pé e logo começo a sentir aquela pressão lombar... (ei de pagar a factura na velhice!). Chegada à paragem, faltam apenas 4 minutos para o autocarro chegar. Mas passam 12 e NADA! Quando faltam 10m para ter de estar no meu destino, o dito cujo aparece. Chego à camioneta que preciso apanhar todas as manhãs às 8.00h em ponto 3 minutos depois. Claro está, não se encontrava mais lá. Tive de aguardar 60 minutos pela próxima!!! (Um minuto de atraso para a Carris não é nada, mas corresponde para mim a 1 hora!)

3ª Feira (manhã, chuviscos, muito vento):
O dia começa, novamente, a subir a rua (4 minutos). Desta feita vou apanhar outro autocarro que também passa na rua transversal. Desta vez o meu destino é outro e importante, pelo que vou com bastante tempo para desperdiçar, caso aconteçam imprevistos. Claro que, o destino voltou a dizer-me para comprar um carro! Não é que, mesmo com 35 minutos extra para chegar ao meu destino, o autocarro demora 38 a aparecer?? Não fui capaz de ficar parada no local à espera. Assim que apareceu um outro

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