sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Paragens frias, cigarros à vista

Não sei se é exagero meu, mas o odor do cigarro quando estou à espera do autocarro é algo incomodativo. Procuro uma "posição" onde fique menos exposta ao fumo mas, não sei se sabem, é difícil encontrar um canto onde aqueles químicos tóxicos não se sintam ao respirar...

Engraçadas

Ontem cheguei a uma paragem de noite, estava muito frio e alguma chuva e não consegui identificar a origem do cheiro a cigarro. Procurei uma posição, mesmo fora da paragem, onde não o respirasse tanto, mas não consegui. Coloquei-me de fora, mais acima, porque na véspera "engoli" uma nuvem de fumaça vinda de cima e achei que, se me posicionasse ali, estava a salvo. Olhei para o chão, para as muitas beatas ali, algumas com alguma coisa ainda por fumar, mas estavam apagadas. As pessoas à volta não pareciam estar a fumar. É impossível! Alguém tinha de estar! Estava a respirá-lo. Foi aí que, escondidinha num canto, tapada por pessoas, estava uma miúda de cigarro aceso.
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Mas porquê têm de ser sempre os fumadores a ficar resguardados no fundo da paragem, melhor posicionados do frio que os outros? Uma vez reparei que, numa paragem cheia, alguém acendeu um cigarro. Mais uma vez, estava tapado pelo vidro e outras pessoas à sua frente é que levavam com o vento e a chuva... todos tiveram de fumar o cigarro com ele. Noutra ocasião, um grupo de rapazes da escola, miúdos menores de idade, sentaram-se ao meu lado e um deles acendeu um cigarro. Fui forçada a levantar e sair. Pessoalmente, já me basta os fumos dos tubos de escape dos automóveis, o cheiro a queimado que, por vezes se sente no ar, entre outros factores poluentes. Mas ainda me lembro de uma ocasião em que um amigo levantou-se e, de pé, perguntou se podia fumar um cigarro. É sempre um gesto cavalheiresco!
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Se calhar, sou um pouco "afectada" no que respeita ao cigarro, mas prefiro não estar exposta a estar. Tenho colegas fumadores e estava a trabalhar quando uma se senta mesmo ao meu lado e aí permanece hora e meia. Toda ela emanada o pestilento odor do tabaco. Foi imediata a sensação de desconforto. O raciocínio ficou mais lento, a capacidade de concentração também... Não me dou bem com estes fumos.
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Mas a respeito de toda esta situação, já que falamos de liberdades individuais, ainda me lembro (e lembrarei sempre) o quanto era mal visto pela sociedade criticar o fumador. Tinha-se de tolerar estar num restaurante, fazer uma viagem de 3 horas num autocarro, num comboio etc... com fumadores, que fumavam cigarros uns atrás dos outros. Nada era proibido como é agora. O que eu inalei... Deus! Como inalei tabaco na vida...
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Mas ficava mal, eras trocidado por mencionar isso. Depois mudam as leis e ninguém sai prejudicado. Os fumadores até apreciam a pausa para o "café" no exterior, serve para conviver e sair do espaço de trabalho.

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