quinta-feira, 25 de junho de 2009

A vida nos carris

Para mim o transporte público ideal move-se por carris. Não basta ter o nome, à que andar sobre os trilhos!

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Eléctricos e comboios... existe por acaso algo melhor do que isto?
Rápidos, potentes, silenciosos, sacodem as pessoas 80% menos (se não mais) que os autocarros da Carris, etc...

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Hoje andei de comboio. Uma viagem longa (4 horas para cada lado) mas que passaram bem. Depois, apanhei o autocarro do costume para chegar a casa e... herrr! Que dores nas costas! Os poucos minutos de viagem foram mais agressivos que qualquer minuto das 8 horas de comboio! Chamei-as de «travagens das chicotadas» porque uma pessoa é bruscamente abanada de um lado para o outro até sentir aquela dor na base da coluna. É um alívio (esta é a palavra certa) quando termina. O martírio!...

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Bem, não venha alguém dizer que este texto acusa os motoristas. Eles lá conduzem o veículo, é verdade. Portanto, se calhar são os culpados. Mas aqueles autocarros compridos, os «lagarta» são os piores que há em circulação! Tenho a certeza que, anos a andar assim nos autocarros da Carris vão apresentar factura em muitos problemas médicos no futuro.

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Jinhos a todos! (e andem de comboio!)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Os passeios fazem-se para os automóveis

O percurso que percorro a caminho do trabalho é um tanto longo e é feito a pé, pela estrada, por causa da inexistência de passeios e a falta de vontade da companhia de transportes em levar o trajecto até ao movimentado local. Por isso, quando começaram a construir um passeio, fiquei satisfeita. Era sinal que tomavam em consideração os peões, que alguém pensou em nós.
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Contente com a perspectiva de estar, a curto prazo, fora da beira da estrada e caminhar segura num piso liso, fiquei a aguardar o término da obra. Ia acabar aquele incómodo de, a cada passo dado, estar a pisar pedrinhas, buracos, terra e asfalto ao mesmo tempo...
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A coisa demorou. A bem da verdade, uma parte menor do comprimento do passeio ainda está por fazer. Mas a maior parte ficou feita, após uma demorada fase em que não se entendeu a razão da falta de avanço no calcetar.
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O percurso faz-se a pé em 20 minutos e é composto de subidas e descidas a pique. Um automóvel faz este percurso em 1 minuto mas para os peões é preciso multiplicar este tempo por 20. O passeio percorre 10.
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.Pois para minha surpresa, um dia caminhava muito bem pelo outro lado da estrada, quando vi ao fundo da rua um automóvel estacionado em cima do passeio. Fiquei preocupada. Será que iam colocá-lo ali todos os dias? A minha intuição dizia que sim. E foi o que aconteceu!

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Nem esperaram o novo passeio "esfriar" para transformá-lo num parque de estacionamento. Agora, todos os dias, são 2 os automóveis que o peão tem de contornar, se quiser seguir caminho pelo passeio. Ou seja: o peão, para passar, tem de voltar para a estrada.




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Entristecida com esta falta de consciência cívica tão comum de ver em Portugal, desabafei com uns amigos (que têm carro). O mais aborrecido desta história é que todos ficaram do "lado" da pessoa com o automóvel. Um até me disse que ia engolir as palavras quando tivesse um automóvel. Fiquei preocupada com o descaso e a aceitação desta falta de civismo. Disseram-me que ia mudar de ideias quando tivesse um carro, que se calhar a pessoa já estacionava ali antes, que não tem espaço para estacionar noutro local... muitas desculpas para defender a atitude do automobilista, e nenhum esforço para se colocarem no lugar do peão.
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Nota: PASSSEIO: ver definição no dicionário.

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Não fui ver, confesso, mas tenho as minhas dúvidas quanto ao facto de este ser construido com a finalidade de ser estacionamento de veículos. E agora a parte da história mais revoltante: Todas as casas que o passeio percorre são vivendas enormes, com garagem! Quem estaciona ali ao pé de casa, tem garagem! Com espaço para, no mínimo, dois carros. Digam lá se não é o cúmulo...
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Mesmo que os automóveis não pertencessem às pessoas que ali moram (o que verifiquei não ser verdade), existe apenas uns metros à frente, um desvio para estacionar carros. Estas pessoas é que são demasiado preguiçosas para andar, mesmo que sejam apenas três passos. Querem o carro mesmo debaixo do nariz, sobem o passeio, mas têm demasiada preguiça para abrir o portão.
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Numa ocasião, caminhava apressadamente estrada acima, com o olhar fixo no asfalto, sabendo que chegaria ao meu destino com pouco fôlego e pensei: tomara que não tenha de me desviar daqueles obstáculos! (automóveis). Ao mesmo tempo, um pedaço de vidro no chão cintila com o sol. Um pensamento rápido passa pela cabeça... terá sido um sinal para tomar uma atitude de "justiceira"... ? Que me dizem a este disparate?
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Um dia de muito sol, muito calor, muita sede, muito esforço físico, finalmente um passeio... para carros! Sendo assim, coloquem parquímetros. Aposto que o passeio voltava para os peões! Nós não queremos estacionar. Só estamos de passagem!

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Contem lá: já cederam ao instinto de fazer um disparate por vingança ou como lição? Contem!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O dia da pastilha

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Continua a ser a tosse, o flagelo que me persegue.

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De manhã, mal entrei no autocarro e consegui sentar-me num banco individual, pensando assim estar menos à mercê deste tipo de coisas, levei com a tosse de alguém do outro lado do corredor. Logo a seguir, tosse a pessoa atrás de mim, e de imediato a senhora à minha frente. Tosse que puxa tosse, pois a primeira volta a tossir, a segunda repete, a terceira repete, eu não queria acreditar nesta sina minha!

É tão surpreendente, que voltei a contar. 25 "tossidelas" ainda o bendito autocarro não tinha saído da estrada onde entrei. Mal passou o semáforo e fez a curva até a paragem seguinte, já ia em 35. Nem fazia meia dúzia de minutos de percurso e já todos há minha volta estavam a tossir, incansáveis.

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E sempre me pergunto: mas porquê eu?!

Com um autocarro tão comprido, daqueles «lagarta», porquê os que sempre tossem ficam ao meu redor? Outra pessoa tossia lá do fundo e contei com a sua contribuição para a contagem que fiz. Mas era só uma. E ao meu redor, eram todas as mais próximas. Ok. Se sou eu que sou bonita como uma flor e cheirosa como a primavera, devem ter alergia ao pólen ... :)
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Quem ler isto ainda pensa que são manias de uma maníaca, mas não são. Irrita-me um tanto, porque se eu consigo fazer viagens tranquila, sem incomodar alguém, porquê não consigo viajar tranquila? Ontem uma miúda que, com este calor, estava estranhamente a usar um casaco de lã felpudo, ia a meu lado a ler um livro e a mascar pastilha. Por causa da mastigação, um pernilongo escapou-lhe da boca e foi cair no meu braço. E por causa de estar a ler um livro, tinha os cotovelos todos para fora e picava-me o braço com o casaco de lã.

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Pronto, pronto! Talvez seja um pouco picuinhas, sei lá! Mas sou uma boa pessoa e se tossem à minha volta, deve ser porque têm alergia a pessoas bondosas, he, he, he!

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Porém confesso que começo, com a idade, a desenvolver mais a intolerância. Quem me conhece ia discordar e rir às bandeiras despregadas, mas sinto que tenho menos paciência e acho até que a idade trás isso. É um estatudo conquistado, pelos anos de «porrada». Daí a fama dos «velhinhos» ser que são uns chatos sempre descontentes, a embirrar com tudo...

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Na volta, no autocarro, o que me irritou bastante foi uma miúda sentada diante de mim, no banco de lado. Mascava pastilha de boca muito aberta. Uma visão pavorosa, à qual tentei em vão escapar. Viajava com um rapaz e um homem, que pareciam não estar incomodados com o espectáculo. O que mais me irritava nem era a boca toda aberta, vezes e vezes sem conta, a abrir e fechar para mascar a pastilha. Mas os barulhos sucessivos que fazia para arrebentar os balões. Aquilo era um estrondo! E conseguia fazer mais que um estalinho de cada vez, o que achei curioso porque, quem não soubesse, podia confundir o ruído com peidos.

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Mas devo ser só eu, que acho este tipo de coisas um pouco estranhas. Se fosse eu a miúda, a mascar pastilha assim, já levava uma repreenda. Se fosse num autocarro então, gritariam comigo a alto e bom som para ter maneiras que ali não é lugar para estar a mascar pastilha daquela maneira, que incomoda as pessoas.

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Ou então a culpa é desta educação que recebi e das noções com que fiquei.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cheira a Lisboa


LISBOA hoje

Hoje andei em mais transportes públicos que os que habitualmente utilizo. Nomeadamente, de comboio! Adoro comboios. São rápidos, cómodos, eficazes. Quem dera que existissem sempre por todo o lado a preços baixos!


Os autocarros ficam presos no trânsito, parados em obstáculos diversos, cheiram mal... digam lá: como é que num autocarro que funciona das 6 ás 22.00 horas, ás 8.15 da manhã, quando o apanho, já cheira mal? Só pode ser porque não são diariamente limpos. Não existe a devida higiene. Onde os comboios não chegam, só deviam existir eléctricos!

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O percurso de hoje fugiu da rota habitual e tive de atravessar Lisboa de autocarro. Há algo que fere a emoção quando vejo o quanto é uma cidade maltratada. Tem uma beleza muito própria, é bonita, mas achovalhada. Suja, vandalizada. Nada tem a ver com a mítica Lisboa, com cujas qualidades aprendemos a sonhar. Noutro dia li na internet um comentário humorístico que contrapunha com factos actuais, cada parte da letra da música "Cheira bem, cheira a Lisboa".

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É que Lisboa assumiu outros odores. Embora ainda prevaleça a maresia, perfume de flores é mesmo coisa do passado. É uma cidade porca, com cheiro a urina e suor.

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Gosto muito de olhar para as fachadas antigas e Lisboa é rica e bela nestes ornamentos arquitectónicos. Mas hoje fiquei mal quando o percurso do autocarro me mostrou grafitti por toda a parte, ruas cheias de lixo a esvoaçar e muitos, mas muitos mendigos.


Pela janela do autocarro observei um homem que carregava energeticamente um saco de plástico verde. Caminhou, caminhou, até que avistou o mesmo que eu: uma mendiga encostada numa paragem. O homem viu, continuou a andar, recuou e ofereceu-lhe o conteúdo do saco: três maças amarelas. Podia ter dado duas e mantido uma, mas deu-as todas. E olhem que ele ia contente a baloiçar a fruta que, decerto havia comprado já a pensar no quanto lhe iam saber bem. Retomou o seu rumo carregando o saco vazio. A mulher, idosa, estendeu logo a mão e sorriu. repetiu várias vezes o gesto de "faca para descascar" a fruta. Talvez nem tivesse bons dentes para a mastigar, daí insistir no gesto. Ainda com um sorriso na face, trata de mexer na enorme sacola, ora para lá colocar a fruta ou não, mais não sei, porque o trânsito desbloqueou e mais não vi.
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Esta observação foi o suficiente para me fazer pensar porquê são as pessoas comuns que, ora com o gesto deste homem, ora com voluntariado e caridade, tratam de tentar dar ou levar algum conforto ou uma vida mais digna e sem fome a estas pessoas. Não devia ser uma prioridade do Estado português?
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Bem sei que no tempo de Salazar vivia-se numa ditadura. Qualquer um podia ser preso por vagabundagem. Mas ao ver Lisboa desse tempo, nas imagens a preto e branco de eventos televisionados ou nos filmes clássicos com Vasco Santana, António Silva e Ribeirinho, gostava de viver numa Lisboa assim. Queria que Lisboa estivesse bonita, limpa, com bonitos espaços verdes, relvada, florida, em todo o seu esplendor. É surpreendente como a cidade consegue revelar a sua beleza mesmo sobre décadas de maus-tratos.
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Perto do Cais do Sodré, naquela rua principal que leva ao Tribunal de Justiça de Lisboa, o tal que vai ser encerrado para o espaço virar um hotel para turistas, avistei uma fachada de um prédio cheia de grafitti até ao topo das águas furtadas. Passa uma imagem porca da cidade, ainda mais, tão perto de um tribunal.
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As pessoas que sairam do autocarro, que avançava pouco devido ao trânsito e ás obras locais, chegaram a pé primeiro do que eu, que ia no autocarro, à estação do Cais de Sodré. Aqui, a típica organização portuguesa volta a mostrar o que é. Há muito que não ia para aqueles lados e necessitei de ter um atendimento pessoal para ficar esclarecida sobre o rumo a tomar. Senti a ausência dos guichés onde, apenas 4 anos antes, comprava os bilhetes do comboio. Andei à procura de um local de informações e lá encontrei um gabinete. Algo me dizia que não iam fazer um gabinete aberto para esclarecimentos sobre horários e linhas de comboios mas na ausência de alternativas, antes levar com uma nega do que não tentar. Fiquei a saber que existe venda de bilhetes com atendimento pessoal logo "atrás" desse gabinete informativo. Mas tudo o que consegui ver foram inumeras vitrines de uma cadeia de supermercado. Fica longe dos comboios, essa venda de bilhetes personalizada :)
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Munida de um horário na mão e outros papéis informativos sobre a CP, tal e qual uma turista, sou então abordada por um homem que me pergunta se me pode fazer uma pergunta. Distraida e concentrada, pensava que me ia perguntar algo sobre os comboios, e é quando percebo que está a pedir. Diz que está há mais de uma hora a tentar juntar 85 cêntimos para comer qualquer coisa e ninguém lhe dá atenção. Acho isso estranho mas não estive para tentar perceber se é ladaínha diária ou não. Que diferença faz, se a fome é real? Transportava comigo um saco transparente onde se podia ver uma sandes e acabei por lha dar.
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Lisboa é a cidade do quê?
"Cheira bem, cheira a Lisboa" já não lé luva que lhe cai bem.
Agora Lisboa cheira a quê, afinal?

Outros blogues que falam de Lisboa:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1336632

http://escrevinhandoo.blogspot.com/2005/05/mendigos-de-lisboa.html







terça-feira, 2 de junho de 2009

Cheirinho de Verão

Quando hoje entrei no autocarro, cheirava a peixe.
Foi só por duas paragens, mas parece sempre uma eternidade. Mais ainda porque o autocarro que precisava apanhar de seguida estava parado no semáforo vermelho. Aquele onde seguia, estava parado na paragem, atrás de um outro que recebia e largava passageiros. Bastava ao condutor ter aberto as portas traseiras e deixado os passageiros sair, que uma corridinha tinha feito com que chegasse a tempo à paragem para apanhar o outro. Mas quis o destino que este condutor tivesse o comportamento atípico, de, parado, não abrir as portas de saída, enquanto o autocarro na sua frente não arrancasse. Perdi por isso o autocarro.
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Quando cheguei à paragem, já aquele que queria ia longe e fora do alcance da vista. Olhei para aqueles painéis informativos que tantas vezes já me deixaram mal. Faltavam 15 (!) minutos para o próximo autocarro. Passados 20, entrei num outro para o qual só faltavam 6 minutos, quando lá cheguei.
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Este cheirava a catinga. Não a um misto de suores, mas um em particular, muito forte, intenso, desagradável.
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Pois é! Chegou o Verão e com ele, o verdadeiro «cheirinho a Carris»!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Janelas abertas ou fechadas?

Há certos comportamentos nas pessoas que, no geral, não entendo.
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Um desses é a atitude que têm perante o calor nos transportes públicos.
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Sou saudosista. Tenho saudades daqueles autocarros de assentos em napa. Eram práticos e higiénicos. Mas esse material era presença também num outro elemento que o autocarro actual já não possuí: estores.
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Antigamente, bastava puxar um estore para que o sol deixasse de nos acertar na cara. Agora tudo é de vidro (nem por isso se vê melhor), poucas janelas são de abertura, e o calor é 100 vezes pior que o sentido nos antigos autocarros de assentos de napa e estores de puxar.
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Duvidam? Experimentem entrar num eléctrico antigo. Estes se assemelham bastante aos antigos autocarros e ainda possuem estores como descrevi. Num dia de imenso calor, mesmo com lotação a arrebentar pelas costuras, no interior de um desses eléctricos estamos sempre frequinhos, pois o movimento e as janelas bem posicionadas só nos fazem sentir não o calor de derreter, mas uma brisa maravilhosa, fresca, melhor do que se existisse ar condicionado.
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E por falar nisso, como é que os utentes que andam nos actuais autocarros da carris combatem o calor? Calor esse itensificado pela ausência de cortinas ou estores e a presença de tanto vidro? Bom, equiparam as viaturas com ar condicionado. E assim, não se sente calor. Certo?
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Não, claro que não. A maioria das vezes, o ar condicionado não funciona. O seu único contributo é o ruído imenso que produz. E o que fazem as pessoas perante o calor?
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É aqui que o comportamento geral que tenho vindo a observar durante anos deixa-me perplexa.
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No geral, quando está calor e não há ar condicionado, as pessoas não suportam ver uma janela aberta. Fecham-na.
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Hoje verifiquei isso mesmo. No exacto momento em que estava a apreciar a chegada de uma brisa fresca ao meu rosto e detectada a origem, a mulher sentada debaixo da janela estica o braço e fecha a janela! Um calor de arrasar, uma camioneta com apenas 2 janelas de abrir, e a senhora fecha a janela! Será porque não gostam de despentear o cabelo??
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Outras vezes o "bafo" dentro da viatura é tão grande, e o cheiro um tanto desconfortável que me faz abrir o ar condicionado. Neste caso, falo das camionetas, que possuem ar condicinado a funcionar com maior frequência que os autocarros e têm 2 focos de ar por cima de cada assento. Pois são essas aberturas que gosto de ver abertas. Uma vez, perante o embaciamento total de todos os vidros da viatura, fiz questão de as abrir e estranhei que mais ninguém o fizesse. Em pouco tempo, o vidro da janela do meu lado e do outro lado onde abri a passagem de ar, ficou desembaciado. Olhei para as restantes janelas da camioneta, e estavam ainda embaciadas.
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Isto não entendo nas pessoas.
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nos autocarros, verifico o seguinte: quando o ar condicionado só faz ruído mas não funciona (quase sempre), as pessoas ainda congitam abrir as janelas. Mas depois alguém diz que é melhor não o fazerem, porque assim entra o calor. E ficam a esperar o ar fresco e condicionado, que não funciona, comece por milagre a funcionar. Outras vezes, e isto irrita-me muito, o ar condicionado nem está ligado. O movimento da viatura faz com que entre um ar agradável. E vem alguém e fecha de imediato uma janela...
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A excepção só acontece quando realmente é uma boa ideia abrir as janelas. Ou seja: quando está calor mas, com o movimento da viatura e o ar lá fora, consegue-se uma brisa agradável. Aí costumam fechá-las! A tendência das pessoas é abri-las quando de nada adianta. Ou seja: quando o bafo é quente, muito quente, não existe qualquer brisa, o autocarro é um forno aquecido pelo metal e por tanto vidro sem cortinas, o movimento da viatura nada faz pela entrada de uma brisa, e as pessoas abrem as janelas.... para respirar a poluição!
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O que também se vê muito, é as pessoas entrarem no autocarro a queixarem-se do calor, o ar condicionado estar ligado, e elas abrirem as janelas. É tão parvo! E vejo isto amíude. Mesmo com os autocolantes lá, a avisar que não se devem abrir as janelas com o ar condicionado ligado. As pessoas queixam-se do calor e, ao invés de preservar a frescura, abrem a janela para esta sair...
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Expliquem-me lá, que me faz confusão!